Nota Sobre as Novas Regras do Estacionamento do CT e o Protesto Realizado Hoje
Galera, gostaria de usar esse espaço para esclarecer algumas coisas em relação ao estacionamento.
Como foi dito ontem, o DAEQ não apoiou a manifestação que ocorreu hoje.
O DAEQ entende que a manifestação de interdição do estacionamento seria
a última cartada nessa discussão. Esgotaríamos todas as possibilidades
de argumentação antes de apoiá-la. Quero deixar claro que o DAEQ não é
contra a manifestação em si, mas sim o momento no qual ela foi feita. E
digo o porquê: a atitude do Decano foi tomada de forma arbitrária, sem
discussão e sem planejamento. Foi tomada em benefício de uns em
detrimento do direito de outros, baseada em apenas um levantamento
quantitativo. Levantou-se o número de vagas disponíveis e perguntaram
quantos servidores precisariam das vagas por vir de carro. Um
levantamento impreciso. O Pedro Maciel
deu maiores informações em outro comentário no Facebook, mas na reunião de CCCT
segunda-feira, na presença de membros do DAEQ, CAEng e representante discente
da COPPE, argumentamos de todas as formas e, por não podermos embasar
nossos argumentos em dados concretos, fomos rebatidos pelo Decano também
de todas as formas. O acordado foi que seria avaliado o número de vagas
ociosas ao longo da semana, um levantamento estatístico mais preciso,
no qual pudéssemos embasar argumentos para mostrar, preto no branco, que
o número de servidores que utilizam aquele estacionamento não
corresponde com o levantado por eles. Esta era a linha de ação do DAEQ.
Também foi de senso comum, na reunião, que quarta feira era o dia de
pico no movimento do estacionamento. Ou seja, quarta feira seria a pior
das hipóteses para os estudantes, o dia com menos vagas ociosas, um dia
importantíssimo para esse levantamento de dados. E uma manifestação que
impede a entrada dos servidores neste dia vai em sentido contrário a
nossa linha de ação, já que o número de vagas ociosas hoje não
corresponde a situação real e normal.
Alguns poderão pensar que é
besteira esse levantamento, pois é claro e cristalino que existem vagas
ociosas, basta olhar para frente dos blocos. Entretanto, esses
argumentos não foram bem sucedidos na reunião de segunda feira,
portanto, seria essencial embasá-los em números para fortalecê-los.
Outro motivo foi a organização da manifestação. Eu, particularmente,
acho ótimo que os estudantes do CT saiam para a rua e defendam seus
direitos. Não só sobre a questão do estacionamento. Porém, isso deve ser
feito de forma muito bem organizada. Não se pensou na consequência da
manifestação. Uma delas foi o que falaram: duas professoras consideraram
matéria dada porque, segundo elas, não conseguiram adentrar o
estacionamento. Se o DAEQ declarasse apoio à manifestação, estaria
apoiando o impedimento de entrada dos professores no estacionamento,
entrada esta que foi garantida, pelo ato administrativo do decano, como
direito deles. Isso tiraria qualquer argumento que tivéssemos contra a
alegação das professoras. Agora, a partir do momento no qual o DAEQ não
apóia a manifestação (e aqui reitero que não apoiar a manifestação neste
momento é diferente de ser contra), elas não podem prejudicar os alunos
da Escola de Química com tal alegação, visto que, oficialmente, eles
não apoiaram a manifestação. Já entramos em contato com o Diretor da
Escola de Química e ele conversará com elas a respeito para conseguirmos
uma solução que não prejudique os alunos. Na sexta feira haverá a
Congregação da Escola de Química. Caso o Diretor não tenha uma solução,
irei expor o problema na Congregação, conselho maior da EQ, registrando a
falta de sensibilidade das professoras.
Outro ponto é a forma como
foram conduzidas as ações na manifestação. Para ciência de todos, houve
uma reunião entre o Decano e 2 membros do CAEng na parte da manhã, na
qual foi eles apresentaram a proposta de divisão, e no final da manhã
houve uma reunião no auditório do bloco A com o Decano e por volta de
300 alunos que estavam na manifestação. Em ambas, em nenhum momento, o
representante discente e representante do DAEQ foi convocado pelos
"líderes" da manifestação, por assim dizer, para participar. Apesar de
não apoiar a manifestação no estacionamento, qualquer NEGOCIAÇÃO a
respeito deveria contar com a presença do representante discente, de um
membro do DAEQ e um representante dos alunos da COPPE, afinal, no CT
existem POLI, EQ, COPPE e IMA. Por estar atento às discussões e talvez
por sorte, o Pedro foi avisado das duas reuniões e compareceu às duas.
Na primeira, quando chegou, a proposta já havia sido apresentada. Em
tempo, proposta esta igual a que foi feita na reunião do CCCT (na
segunda feira) e que os servidores vetaram. Inclusive, acabamos de
receber um email do Decano dizendo que a proposta foi recusada
novamente. Na segunda reunião, no auditório do A, quando adentrou o
local, o representante Pedro teve que ouvir da boca do Decano que a
decisão do estacionamento teria sido DELIBERADA (ver dicionário) no
CCCT, o que NÃO é verdade, como ele mesmo fez questão de rebater ao
pedir a palavra. Isso derruba qualquer argumento que diga que o DAEQ não
se fez presente ou está alheio a essa discussão.
Os alunos da EQ
possuem representação política dentro da UFRJ na figura do Diretório
Acadêmico da Escola de Química, representação essa que nunca se fez tão
presente nos últimos anos como se faz hoje. Por isso, pedimos o apoio e a
confiança de todos os alunos da Escola de Química no nosso trabalho, e
que se manifestem, sim, mas com sabedoria.
Cordialmente,
Pedro Alejandro
Presidente - DAEQ UFRJ
o melhor seria voltar a cobrança de estacionamento numvalor que desistimule o uso do carro. podiam cobrar 10-15 reais a hora. Em troca, coloca seguranca e ordenamento no estacionamento. Quer usar o carro, usa, mas assuma os gastos por isso.
ResponderExcluirSem problemas cobrar esses valores, mas aos professore e funcionários deve ser garantido o estacionamento gratuito, afinal estão prestando um serviço que é em prol de toda comunidade acadêmica. A atitude tomada pelos alunos não foi a mais adequada. Questionar, se manifestar e protestar é um direito de todos, desde impedir o acesso dos professores e servidores só piorou a situação.
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